A Comissão de Direitos Humanos do Conselho Regional de Psicologia (15ª Região) por intermédio do seu GT Diversidade de Gênero, vem através desta nota, expressar apoio à luta das Lésbicas, dos Gays, das(os) Bissexuais, das Travestis e das(os) Transexuais, além de reiterar o compromisso com a garantia pelos direitos humanos da população LGBT, em outras palavras, o direito à vida sem violência, onde pessoas não sejam mortas em virtude de sua orientação sexual e/ou identidade de gênero.
Em 28 de junho celebra-se o “Dia Mundial do Orgulho LGBT”. A data foi escolhida em homenagem à Revolta de Stonewall, ocorrida em Nova Iorque em 28 de junho de 1969, frequentadoras(es) do bar LGBT Stonewall se rebelaram contra a polícia local por sofrerem agressões homofóbicas constantemente.
A data nos serve tanto como forma de empoderamento de pessoas LGBTs, para que se orgulhem de ser quem são dentro de uma sociedade tão dinâmica e plural, mas também aparece como forma de reflexão ao enfrentamento a ainda tão emergente LGBTfobia, onde o Brasil se mostra liderando os índices de violência contra pessoas LGBTs, de maneira que a cada 19 horas um(a) LGBT é barbaramente assassinado(a) ou se suicida no país, vítima da “LGBTfobia”.
Diante disto, aproveitamos o momento para vir a público com muito pesar falar da violenta execução de dois jovens gays da periferia de Maceió, Davi Trindade Cinfrônio de 21 anos morto a pedradas, e Alecsander Araújo Tenório dos Santos de 17 anos executado com tiros na cabeça por ter sido testemunha da morte de seu amigo. As duas mortes foram registradas em menos de 24 horas. Com esses casos, chega a nove o número de assassinatos de LGBTs no estado de Alagoas somente este ano.
Então, exigimos justiça frente a essa situação tão triste e violenta, e aguardamos um posicionamento das instituições competentes do Estado de Alagoas e Municipal a respeito do crime que compreendemos ter evidentes características de motivações homofóbicas.
Em tempo, o CRP-15 reafirma seu compromisso social e político no enfrentamento à LGBTfobia e enquanto entidade representativa da categoria de Psicólogas(os), afirmamos que a Psicologia enquanto ciência e profissão deve contribuir na construção de uma sociedade mais igualitária, justa e marcada pela diferença.