Profissionais, acadêmicos, gestores, movimentos sociais e diversas entidades ligadas à luta contra os manicômios e a Saúde Mental em Alagoas se reuniram na tarde da última terça-feira (15/12), no auditório do Conselho Regional de Psicologia de Alagoas (CRP-15) para discutir e definir estratégias de defesa da implantação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) em Alagoas.
A mobilização também foi motivada pela indicação do Ministro da Saúde (MS) Marcelo Costa e Castro, nomeando o médico psiquiatra Valencius Wurch Duarte Filho como novo coordenador Nacional de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do MS, substituindo o também psiquiatra Roberto Tykanori, coordenador da área desde o primeiro governo da presidenta Dilma Rousseff.
O CRP-15 esteve representado com as presenças do conselheiro presidente, psicólogo Félix Vilanova (CRP-15/0160) e da conselheira tesoureira, psicóloga Laeuza Farias (CRP-15/0229).
GALERIA COMPLETA DE FOTOS:
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Diversas falas abordaram os assuntos e encaminhamentos foram colocados, com uma revindicação única: será exigida a exoneração imediata do novo coordenador de Saúde Mental do Ministério da Saúde, na presença do Ministro da Saúde, Marcelo Costa e Castro, que estará em Maceió na próxima na sexta-feira (18/12), às 9h30, para reinaugurar a Maternidade Escola Santa Mônica. A solenidade contará também com as presenças do governador Renan Filho e da secretária estadual de saúde, Rosângela Wyszomirska.
De acordo com o movimento pela Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), a nomeação do psiquiatra representa o retrocesso de direitos conquistados nos últimos anos com a Política Nacional de Saúde Mental, opinião compartilhada pelo Sistema Conselhos de Psicologia em nota.
Leia a Moção de Repúdio:
http://www.crp15.org.br/?p=6080
O médico Valencius Wurch foi diretor técnico da Casa de Saúde Dr. Eiras de Paracambi, localizado no Rio de Janeiro e considerado o maior hospício da América Latina. Em 2012, foi fechado por ordem judicial após denúncias de violações dos Direitos Humanos. No ano de 1995, o psiquiatra declarou em entrevista ao Jornal do Brasil, que era contra a Lei Paulo Delgado – Lei que garante os direitos aos portadores de transtorno psíquico no Brasil – e que tirar as pessoas dos manicômios era algo meramente “ideológico”.
NÃO PODEMOS PERMITIR ESSE RETROCESSO!
VAMOS TODOS E TODAS AO ATO DIA 18/12!
PRECISAMOS NOS UNIR!
Por uma Sociedade sem Manicômios!
PARTICIPEM!!!
Fotos: Marcelino Freitas Neto / ASCOM CRP-15