Em resposta às declarações do padre Marcelo Rossi durante entrevista na última quinta feira, 12 de novembro, referindo-se ao psicólogo como “terapeuta que dá conselhos”, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) manifesta seu repúdio a tal declaração e convoca a categoria a pensar em quanto ainda nos deparamos com formas disfarçadas de resistência e preconceito quanto ao exercício da psicoterapia.
Sabemos que a psicoterapia não é “conselho”, mas uma prática que tem sua origem em 1872 e é um método de tratamento das doenças psíquicas. Método de tratamento que pressupõe uma teoria que a sustenta, procedimentos que estejam em consonância com essa teoria e um treinamento, que supõe a supervisão. A esse conjunto chamamos de formação, e o profissional assim habilitado desenvolve uma prática – que é ética.
As Ciências Humanas distinguem-se pela não exterioridade entre sujeito e objeto, assim como pela ação – sempre passível de reciprocidade – sobre o ser humano. Por isso, a responsabilidade e a ética se impõem, e fazem da prática da psicoterapia um método de tratamento reconhecido e legal.
Conselho Federal de Psicologia – CFP