O suicídio já é considerado um problema de Saúde Pública e mata 1 brasileiro a cada 45 minutos e 1 pessoa a cada 40 segundos em todo o mundo
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 90% dos casos os suicídios são preveníveis por estarem associados a patologias de ordem mental diagnosticáveis e tratáveis, principalmente a depressão. Ou seja, de cada dez casos de autoextermínio, nove podem ser evitados onde houver o diagnóstico preciso dessas patologias, o devido tratamento e a assistência das redes de cuidado e atenção.
É preciso abrir espaço para campanhas de prevenção e reverter as estatísticas num mundo onde aproximadamente 800 mil pessoas se matam a cada ano, 2.200 a cada dia, e um novo caso é registrado a cada 40 segundos. No Brasil, são aproximadamente 12 mil casos por ano, o que dá uma média de 32 suicídios por dia.
Ainda assim, por incrível que pareça, este continua sendo um assunto invisível, fora do radar da sociedade. E não é difícil identificar alguém na família, no círculo de amizades ou na vizinhança que já tentou se matar ou consumou o ato suicida. Pode-se dizer que boa parte dessas pessoas que desapareceram em circunstâncias tão violentas ainda estaria entre nós se os mais próximos soubessem como agir quando determinadas pistas ou sinais dão conta de que algo não vai bem.
Além dos sintomas característicos das psicopatologias associadas ao suicídio (depressão, transtornos relacionados ao uso de substâncias, esquizofrenia, transtornos de personalidade, etc) é importante acompanhar eventuais mudanças de comportamento que indiquem a tendência ao isolamento social, desinteresse generalizado, angústia e aflição, baixo rendimento escolar ou produtividade. São alguns indícios de que algo pode estar errado.
Para enfrentar o tabu em torno do assunto – e a brutal desinformação que agrava as estatísticas – celebra-se neste 10 de setembro o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. Para dar ainda mais visibilidade a esse grito de alerta em favor da vida, a Associação Internacional pela Prevenção do Suicídio (IASP) lançou o movimento Setembro Amarelo, que tenta associar esta cor à causa da prevenção do autoextermínio.
Para a psicóloga Laeuza Lúcia da Silva Farias (CRP-15/0229), conselheira tesoureira do Conselho Regional de Psicologia de Alagoas (CRP-15), “o Setembro Amarelo é um alerta a todos nós profissionais de saúde sobre a situação do suicida no Brasil, e suas interfaces; torna-se necessário além da escuta qualificada, a quebra dos tabus sobre o tema. Voltemos então nossas preocupações ao cuidar e prevenir”, alertou.
Conhece alguém que enfrenta a situação ou precisa de ajuda?
Disque 141 – Centro de Valorização da Vida (CVV)