Secretário parabenizou a iniciativa do Conselho em ser a primeira entidade de classe a procurar implementar melhorias aos psicólogos no Sistema Prisional
O Conselho Regional de Psicologia de Alagoas (CRP-15) se reuniu em uma audiência, na Superintendência Geral de Administração Penitenciária (SGAP), com o secretário adjunto de Ressocialização de Alagoas, tenente-coronel Marcos Sérgio, para discutir questões relacionadas às ações de Saúde Mental e dos profissionais que atuam nas Unidades Prisionais, com o objetivo de desenvolver alternativas de parceria com a instituição, visando à melhoria do sistema penitenciário alagoano.
O encontro contou com as presenças do conselheiro presidente Félix Vilanova (CRP-15/0160); do conselheiro vice-presidente Nilo Borba (CRP/15-0139); da conselheira tesoureira Laeuza Farias (CRP/15-0229); do Major Henrique do Carmo, superintendente de Administração Penitenciária da SGAP; do Major Maia, gerente de Recursos Humanos da SGAP; do psicólogo Wagner Melo (CRP-15/3455), prestador de serviço da SGAP e da enfermeira Clarisse Damasceno, diretora de saúde e agente penitenciária do SGAP.
Inicialmente, o presidente Félix Vilanova ressaltou a atitude corajosa e ousada do Sistema Prisional, que determinou a implantação das 30 horas dos profissionais psicólogos. Entre outros pontos, o gestor do CRP-15, falou das condições mínimas adequadas dos serviços para à categoria no Sistema Carcerário, em Alagoas; o sigilo profissional; a segurança dos profissionais nos presídios; as condições dos vencimentos salariais dos psicólogos; as questões de insalubridade e periculosidade, no ambiente de trabalho e, fundamentalmente, a priorização do Código de Ética Profissional.
O secretário pediu para a sua assessoria fazer um levantamento das situações físicas e estruturais do Sistema Prisional. Na reunião, também foi discutida a situação dos pacientes internados no Centro Psiquiátrico Judiciário (CPJ). Segundo a SGAP, parte dos reeducandos já cumpriu as medidas de segurança, mas não são liberados porque não tem local para ficar. De acordo com o secretário Marcos Sérgio, muitos dos pacientes que já cumpriram as medidas de segurança, não têm mais referência familiar. “Por isso, eles continuam custodiados no Manicômio Judiciário, quando deveriam ir para um hospital psiquiátrico ou para casa de familiares”, disse.
Para a tesoureira Laeuza Farias, a inserção da assistência à Saúde Mental, ligada ao Manicômio, é fundamental. “Os serviços atualmente são municipalizados. Em Alagoas não existem Residências Terapêuticas, e há recursos no Ministério da Saúde para cria-las. O Estado tem que garantir a saúde do reeducando e dos trabalhadores, pois estão inseridos na sociedade. O trabalho do psicólogo é transdisciplinar e árduo”, revelou.
O programa de Saúde Mental para servidores e reeducandos será uma das ações previstas na parceria, com treinamentos e capacitações, entre a Secretaria e o Conselho. “Queremos contribuir com ações alternativas para a melhoria do Sistema Prisional”, disse.
O gestor da SGAP parabenizou a iniciativa do colegiado da Autarquia Federal em ser a entidade de classe pioneira em procurar a Secretaria de Ressocialização para discutir e implementar propostas de melhoria aos profissionais da Psicologia. “Estamos de portas para reforçar a busca pela melhoria do Sistema Prisional alagoano”. O presidente do CRP-15, também agradeceu a receptividade dos gestores e reforçou que a Sede do Conselho está à disposição para eventos e reuniões da segurança pública de Alagoas.
Fotos: Marcelino Freitas Neto / ASCOM CRP-15 (MAIS FOTOS)